Dois toques e um coração na tela. Marca registrada do Instagram desde a criação da rede social, as curtidas (ou likes) foram ocultadas. Na manhã da última quarta-feira, 17/07, o Instagram anunciou o fim dos contadores de likes das publicações. Agora, apenas o criador do perfil poderá ver a quantidade de curtidas de cada post.
A medida gerou controvérsia, apesar da intenção do Instagram parecer realmente ser boa, já que a plataforma garante que a restrição deve tirar a pressão de cima do usuário e deixar o ambiente menos tóxico e competitivo. “Nós queremos que os seus seguidores foquem no que você compartilha, não em quantas curtidas seus posts têm”.
Há quem veja a mudança como algo favorável à saúde mental. Seria, também, uma maneira de combater as fábricas de likes comandadas por empresas especializadas na compra e venda de interação digital.
Agora, a internet está dividida entre os que não gostaram da possibilidade de ter sua quantidade de likes escondidos e aqueles que adoraram a ideia de postar suas fotos conceituais sem o risco da baixa interação.
Por outro lado, há quem se pergunte como influenciadores digitais se adaptarão à medida, para além de quem usa a rede de forma recreativa.
Para suprir a carência de likes e continuar agradando sua audiência (nem que seja só os seus amigos mesmo), os usuários precisarão se dedicar à criação de conteúdos mais relevantes, autênticos e que realmente tenham impacto sobre as outras pessoas.
No entanto, existem dois caminhos possíveis: um Instagram recheado de conteúdo criativo, inspirador, motivador, e tudo de bom, ou uma manada de usuários migrando para outras redes sociais em que seja possível ter um contador público de curtidas.
O Instagram sabe muito bem que o negócio de influência digital é imenso e gira muito dinheiro. E os likes “escondidos” do grande público podem dificultar a vida das marcas que tendem a escolher influenciadores no Instagram de acordo com suas taxas de engajamento e alcance. A solução mais simples para quem depende dessas métricas para conseguir trabalho é investir em um bom mídia kit, uma vez que o dono do perfil terá acesso aos dados.
Se parar para pensar, os likes sempre foram uma moeda falsa, já que a quantidade de contas falsas inflam facilmente esse número, que nem sempre representa o real desempenho do conteúdo, mas sim uma maneira mais fácil de comparar as publicações e a suposta relevância dos perfis.
Portanto, há quem diga que essa atualização foi uma forma de protesto e crítica à busca incessante por likes. Será mesmo? Sua saúde mental com certeza vai agradecer o fim da disputa desesperada para ver quem tem mais like em uma selfie.
Um forte abraço,
Conrado Meneguetti
Leone Martinez Albuquerque
Concordo INTEGRALMENTE com o \"os usuários precisarão se dedicar à criação de conteúdos mais relevantes, autênticos e que realmente tenham impacto sobre as outras pessoas.\" Chega de LIXO, queremos é o LUXO...
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